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A Postura de São Paísios o Atonita sobre a Recepção dos Conversos e o Batismo dos Heterodoxos

Um fragmento do livro Apóstolo do Zaire: Vida e Legado do Bendito Padre Cosmas de Grigoriou.


— Uma seqüência à publicação recente “A Postura de São Iákovos de Eubeia sobre a Recepção dos Conversos e o Batismo dos Heterodoxos”.

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“Muitos comentam: ‘Como é possível os africanos, tendo sido recém-batizados, manterem tão grande intensidade e exatidão em sua ortodoxia, enquanto muitos de nós, nas paróquias da Grécia, América e outros lugares, somos muito mais relaxados?’ A resposta, acredito, está em parte no fato de que o Padre Cosmas, seu pai, guia e exemplo, era ele próprio rigoroso e preciso em sua vida e na transmissão da Ortodoxia. Ele era um monge da extensa tradição do monasticismo atonita, e vinha de Tessalônica, a cidade dos Santos Metódio e Cirilo, e conhecida por sua rica tradição eclesiástica. Ele matinha com exatidão e discernimento os cânones e normas da Igreja, não por alguma espécie de conservadorismo reacionário ou por algum zelo insensível, mas por humildade e por proporcionarem aquilo que é melhor para a alma dos homens, sendo produtos da experiência e sabedoria dos Santos e Padres da Igreja.

“Uma dessas questões, em que ele conscientemente escolheu a bênção dos santos de Deus em vez dos benefícios transitórios de nossa era ecumênica, foi o batismo. ‘Ao batizar’, ele disse, ‘eu sigo a forma atonita. Fizemos 250 batismos, e não apenas de idólatras, mas também de católicos que se tornaram ortodoxos, os quais batizamos em rios profundos. Minhas ações terão conseqüências quando as notícias chegarem ao Patriarcado de Alexandria, que sustenta que os protestantes precisam apenas da Crisma. Até lá, entretanto, faremos apenas batismos, para termos as bençãos de São Nicodemos.’ O Padre Cosmas, como ficará claro mais abaixo, não era do tipo que foge da autoridade eclesiástica. A sua decisão de batizar os que vinham de confissões heterodoxas foi tomada puramente por amor às suas almas e à sua salvação eterna, bem como por amor a Deus e seus santos, não permitindo que sua consciência desobedecesse seus ensinamentos sagrados. Ele procedia assim não apenas por respeito aos santos das eras passadas, mas também por humildade e obediência ao sábio conselho dos santos vivos: ‘Eu me lembro das palavras do Padre Paísios, o qual me disse que na maioria das vezes o batismo realizado pelos hereges passa apenas sobre suas peles.’ Tendo isto em mente, seu amor pelos catecúmenos levava-o a lhes dar a iniciação completa e salvífica à vida eterna da Igreja. Isto teve conseqüências, é claro, mas não apenas para seu relacionamento com a hierarquia superior. Antes de tudo teve conseqüências para o estabelecimento de uma Igreja Ortodoxa espiritualmente saudável, poderosa e fiel, diante da qual o mundo ortodoxo agora se admira.”


- Apóstolo do Zaire: Vida e Legado do Bendito Padre Cosmas de Grigoriou.


*Nota: o memorável e surpreendente missionário na África, Padre Cosmas, era um monge do Monastério Grigoriou no Monte Atos, e seu abade George, universalmente reconhecido e respeitado, também mantinha – junto com todo o Atos, praticamente – a mesma postura (e seu monastério ainda a mantém).




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